O caso do sétimo paciente provavelmente curado do HIV representa um avanço significativo no tratamento da doença. Este paciente, um homem adulto que também sofria de leucemia, recebeu um transplante de células-tronco como parte do tratamento contra o câncer. Esse procedimento foi realizado no final de 2015, e ele interrompeu o tratamento antiretroviral para HIV no final de 2018. Cinco anos e meio depois, o virus permanece em remissão
O médico-cientista Christian Gaebler, da Charité-Universitätsmedizin Berlin, apresentará mais detalhes sobre esse caso na 25 Conferència internacional sobre AIDS, que ocorre em julho de 2024 em Munique
Segundo a International Aids Society, todos os sete pacientes considerados provavelmente curados do HIV após um transplante de medula óssea tinham câncer de sangue e se beneficiaram do transplante de células-tronco que renovou profundamente seus sistemas imunológicos. Nos cinco primeros casos, os doadores tinham uma mutação rara do gene CCR5 delta 32, que impede a entrada do HIV nas células. O sexto caso, o "paciente de Genebra", foi o primero a receber um transplante de medula sem essa mutação.
Este novo caso é o primeiro em que o doador tinha uma cópia heterozigótica do gene CCR5 delta 32, uma forma mais comum na população. Isso sugere que a mutação heterozigótica pode ser suficiente para a cura em alguns casos, aumentando o número potencial de doadores.