O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (3) o relatório semanal de casos de mpox no Brasil. Desde o início do ano, foram registrados 945 casos confirmados ou prováveis da doença no país, superando os 853 casos contabilizados em todo o ano de 2023.
Segundo o boletim, o Brasil registrou 109 casos confirmados ou prováveis de mpox em apenas uma semana. A região Sudeste foi a mais afetada, concentrando 763 casos, o que representa 80,7% do total de casos no país.
De acordo com o Ministério da Saúde, as unidades federativas com a maior quantidade de casos confirmados ou prováveis foram:
São Paulo: 487 casos (51,5%)
Rio de Janeiro: 216 casos (22,9%)
Minas Gerais: 52 casos (5,5%)
Bahia: 39 casos (4,1%)
O boletim também aponta que não houve registro de casos confirmados ou prováveis em três estados: Amapá, Tocantins e Piauí.
As cidades que registraram a maior quantidade de casos confirmados ou prováveis foram:
São Paulo: 343 casos (36,3%)
Rio de Janeiro: 160 casos (16,9%)
Belo Horizonte: 43 casos (4,6%)
Salvador: 28 casos (3,0%)
Brasília: 20 casos (2,1%)
O documento destacou que, até o momento, não houve mortes por mpox neste ano. Em 2023, foram registrados dois óbitos, um em Minas Gerais e outro no Pará. Já em 2022, houve 14 mortes, sendo cinco no Rio de Janeiro, três em São Paulo e três em Minas Gerais, com um óbito registrado em cada um dos estados do Maranhão, Mato Grosso e Santa Catarina.
A mpox é uma doença causada pelo vírus mpox, do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. A transmissão do vírus para humanos ocorre por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados.
A doença pode se espalhar por contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como por materiais contaminados, como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.
Os principais sintomas são lesões na pele, que podem ser acompanhadas de febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. De acordo com o Ministério da Saúde, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox varia de três a 16 dias, podendo chegar a 21 dias.
As lesões na pele podem ser planas ou levemente elevadas e são preenchidas por um líquido claro ou amarelado. Conforme a doença evolui, essas lesões podem formar crostas, que secam e caem. As lesões podem se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas também podem surgir em outras partes do corpo, incluindo boca, olhos, órgãos genitais e ânus.