Eduardo Paes (PSD) foi reeleito neste domingo prefeito do Rio de Janeiro. A apuração ainda está em andamento, mas não há mais chance de um 2º turno na cidade. Este será seu 4º mandato, o que torna Paes o único a conseguir esse feito à frente da capital fluminense. Os resultados foram confirmados pelo TSE às 19h13 deste domingo, com 93,66% das urnas apuradas.
Eduardo Paes iniciou a campanha confortável: as primeiras pesquisas mostravam o prefeito muito a frente dos adversários. Ao passar das semanas, seu principal adversário Alexandre Ramagem (PL) começou a desempenhar melhor, principalmente com o apoio explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A campanha de Paes então mudou o tom. Suas propagandas de rádio e TV e nas declarações públicas foram usadas também para atacar o adversário, sobretudo na associação do delegado federal ao governador Cláudio Castro (PL),
ao ex-governador Wilson Witzel e ao ex-prefeito Marcelo Crivella.
Durante a campanha, Paes também adotou o discurso anti-polarização.
Um trunfo que usou a seu favor é ter costurado o apoio de ex-adversários em torno de sua candidatura: Marcelo Freixo (PT), Benedita da Silva (PT), Martha Rocha (PDT) e Alessandro Molon (PSB) já disputaram eleições contra ele e neste ano caminharam ao seu lado.
Do lado do bolsonarismo, ele conseguiu atrair o apoio explícito de Otoni de Paula (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro e que se tornou seu articulador entre os evangélicos.
Buscando se equilibrar entre essas correntes, Paes não escondeu o apoio do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), mas também não o usou como um cabo eleitoral. Lula foi citado sempre sobre seus apoios a projetos no Rio.